Transit umbra lux permanet
Shadow passes, light remains.
A sombra passa, a luz permanece.
Trata-se de uma inscrição característica de um relógio de sol, alusiva à passagem do tempo, aos ciclos de escuridão e luz. Vemos em plano secundário uma representação da lua, e no plexo solar da figura humana um sol, reforçando este conceito de interligação luz/sombra/escuridão, em que uma não existe sem a outra.
Ilustração dos músculos da cabeça e face oriunda do “Handbuch der Anatomie des Menschen” publicado em 1841 em Leipzig, Alemanha.
Ilustração do sistema circulatório, da autoria de Andreas Vesalius, 1543.
O escaravelho egípcio que coroa a figura é o símbolo cíclico solar e um símbolo de ressurreição. O escaravelho é a representação do sol que renasce de si mesmo, como um deus que sempre volta. Na arte egípcia, as representações do escaravelho carregam o sol entre as suas patas – como os escaravelhos reais fazem rolar bolas para as suas tocas – e como um deus solar, renascendo a partir da sua própria decomposição, regressa nas sombras da noite, personificando assim o ciclo dos dias e noites. Também foi usado no antigo Egipto como um amuleto de sorte, encerrando o segredo do eterno retorno à vida.