Amare et sapere vix deo conceditur
Wisdom and love are scarcely granted together even to a god.
Amor e sabedoria até a um deus são parcamente concedidos juntos.
Frase atribuída a Públio Siro, (85 a.C. – 43 a.C.), escritor latino de Roma antiga, também conhecido como Publilio Sirio, ou como Publilius Syrius ou Publio Sirio, ou Publius Syrius ou Publilio Siro ou Publilii Syri. Era nativo na Síria e foi feito escravo e enviado para a Itália, mas graças ao seu talento, ganhou o favor de seu senhor, que o libertou e o educou.
A figura humana é o resultado da junção de duas ilustrações independentes (a cabeça e o corpo). A ilustração do corpo é proveniente de “Anatomia humani corporis”, de Govert Bidloo (Gothofredus Bidloo, Govard Bidloo, Godfrey Bidloo) (Amsterdão, 12 de Março de 1649 – Leiden, 30 de Março de 1713). Bidloo foi um médico, anatomista, poeta e dramaturgo da Idade de Ouro da Holanda. Foi médico particular de Guilherme III de Orange-Nassau, chefe de estado holandês e rei da Inglaterra. Bidloo foi também um poeta popular e prolífico, libretista de óperas, e autor dramático. Escreveu o libreto para a primeira ópera da história da Holanda, “Ceres, Venus en Bacchus” (1686) de Johannes Schenk (1660-1712). Uma coletânea das suas obras foi publicada em três volumes depois da sua morte.
A ilustração da cabeça é da autoria de Joseph Maclise, do seu livro “Surgical Anatomy”, de 1859, e é relativa à dissecação cirúrgica das regiões subclávia e carótida e à anatomia relativa do seu conteúdo.
As palavras em árabe nos peitorais são “amor” e “sabedoria”.
O triângulo atrás da cabeça é a décima de doze chaves alquímicas de Basile Valentin: “Nasci de Hermogene. Hyperion escolheu-me. Sem Iamsuph sou obrigado a perecer.”
Da sua boca saem sólidos perfeitos (geometria euclidiana).
Junto à mão esquerda (nossa direita) encontram-se os círculos celestes, na forma de uma esfera armilar – na ilustração original, sustentada por Atlas. Ilustração da autoria de William Cunningham em “The Cosmographicall Glasse”, de 1559. Como curiosidade, o verso ao fundo da ilustração (não presente no quadro) é retirado do primeiro livro da Eneida, de Virgílio, no qual Atlas é descrito como professor de astronomia.
Dentro dos círculos celestes está um cavalo marinho, proveniente do “Dictionnaire des sciences naturelles”, de F. G. Levrault (1816~30).